sábado, 21 de maio de 2011

Os girassóis e nós - Pe. Fábio de Melo


Eles são submissos. Mas não há sofrimento nesta submissão. A sabedoria vegetal os conduz a uma forma de seguimento surpreendente. Fidelidade incondicional que os determina no mundo, mas sem escravizá-los.
A lógica é simples. Não há conflito naquele que está no lugar certo, fazendo o que deveria. É regra da vida que não passa pela força do argumento, nem tampouco no aprendizado dos livros. É força natural que conduz o caule, ordenando e determinando que a rosa realize o giro, toda vez em que mudar a direção do Regente.
Estão mergulhados numa forma de saber milenar, regra que a criação fez questão de deixar na memória da espécie. Eles não podem sobreviver sem a força que os ilumina. Por isso, estão entregues aos intermitentes e místicos movimentos de procura. Eles giram e querem o sol. Eles são girassóis.
Deles me aproximo. Penso no meu destino de ser humano. Penso no quanto eu também sou necessitado de me voltar para uma força regente, absoluta, determinante. Preciso de Deus. Se para Ele não me volto corro o risco de me desprender de minha possibilidade de ser feliz. É n'Ele que meu sentido está todo contido. Ele resguarda o infinito de tudo o que ainda posso ser. Descubro maravilhado. Mas no finito que me envolve posso descobrir o desafio de antecipar no tempo o que n'Ele já está realizado.
Então intuo. Deus me dá aos poucos, em partes, dia a dia, em fragmentos.
Eu d'Ele me recebo, assim como o girassol se recebe do sol, porque não pode sobreviver sem sua luz. A flor condensa, ainda que de forma limitada, porque é criatura, o todo de sua natureza que o sol potencializa.
O mesmo é comigo. O mesmo é com você. Deus é nosso sol e nós não poderíamos chegar a ser quem somos, em essência, se n'Ele não colocarmos a direção dos nossos olhos. Cada vez que o nosso olhar se desvia de Sua regência, incorremos no risco de fazer ser o nosso sol o que na verdade não passa de luz artificial.
Substituição desastrosa que chamamos de idolatria. Uma força humana colocada no lugar de Deus.
A vida é o lugar da Revelação Divina. É na força da história que descobrimos os rastros do Sagrado. Não há nenhum problema em descobrir, nas realidades humanas, algumas escadarias que possam nos ajudar a chegar ao céu. Mas não podemos pensar que a escadaria é o lugar definitivo de nossa busca. Parar os nossos olhos no humano que nos fala sobre Deus é o mesmo que distribuir fragmentos de pólvora pelos cômodos de nossa morada. Um risco que não podemos correr.
Tudo o que é humano é frágil, temporário, limitado. Não é ele que pode nos salvar. Ele é apenas um condutor. É depois dele que podemos encontrar o que verdadeiramente importa. Ele, o fundamento de tudo o que nos faz ser o que somos. Ele, o Criador de toda realidade. Deus trino, onipotente, fonte de toda luz.
Sejamos como os girassóis...
Uma coisa é certa. Nós estamos todos num mesmo campo. Há em cada um de nós uma essência que nos orienta para o verdadeiro lugar a que precisamos chegar, mas nem sempre realizamos o movimento da procura pela luz.
Sejamos afeitos a este movimento místico, natural. Não prenda os seus olhos no oposto de sua felicidade. Não queira o engano dos artifícios que insistem em distrair a nossa percepção. Não podemos substituir o essencial pelo acidental. É a nossa realização que está em jogo.
Girassol só pode ser feliz se para o sol estiver orientado. É por isso que eles não perdem tempo com as sombras.
Eles já sabem, mas nós precisamos aprender.

Padre Fábio de Melo

Padre Fábio de Melo é professor no curso de teologia, cantor, compositor, escritor e apresentador do programa "Direção espiritual" na TV Canção Nova.

quarta-feira, 11 de maio de 2011

quinta-feira, 5 de maio de 2011

Dia das mães

É impressionante o fascínio dessa data sobre nós.
Essa semana fui surpreendida de todas as formas por meus filhos mais novos, é tanto carinho, beijinhos, bilhetes... Não tem como não se derreter diante desses agrados.
E eu que pensei que dia das mães era sinal de tristeza, de chorar a dor de ter uma mãe que já não está mais entre nós. 
Fui surpreendida, dei minha cara a tapa e percebi o quanto fui injusta com meus filhos ao me excluir dessas festividades depois que mamãe morreu. Desse ano em diante olharei esse dia de maneira diferente. Mamãe continuará em meu coração, sinto e sentirei sua falta eternamente e a amarei sempre, porém viverei os sonhos e desfrutarei das alegrias junto com meus filhos, não tirarei deles a alegria de me homenagear. 
Sei que amadureci e  aprendi a amá-los ainda mais e agora me sinto mais mãe do que já fui um dia. E homenagearei a minha mãe deixando-a guardada em meu coração, e lembrarei e seguirei seus ensinamentos afinal de contas ela foi e sempre será minha MÃE.

Adriana Cruz

domingo, 1 de maio de 2011

Só o PERDÃO nos restaura

Não temos como arrancar os Sentimentos, sem nos reconciliarmos com as causas que os originaram.
Enquanto não der o Perdão necessário, nenhuma Paz pode encontrar um coração cheio de Ódio. A culpa que reconhecemos no outro que nos fez o mal, gera um mal-estar que nos atinge a Vida inteira. Odiar é uma forma de se matar aos poucos...
A incapacidade de perdoar, faz com que percamos a beleza da Vida.
O Cristão, segue o exemplo de JESUS e muda a vida apesar do sofrimento.
É bom e importante termos alguém, em quem confiemos, para desabafar, refletirmos sobre nossos problemas, e decidirmos o que é melhor, buscando a sabedoria, elemento que nos diferencia, para viver com mais leveza, e acolher as dificuldades da vida...
JESUS nos ensina o tempo todo que tanto quanto amar, é preciso perdoar.
Mesmo na cruz, sofrendo injustamente, ELE conseguiu perdoar os seus algozes...
Precisamos alimentar a esperança e nos projetar para a frente que é o que DEUS quer de NÓS

Não podemos esquecer que só o PERDÃO, nos restaura ,nos dá a Paz
que necessitamos!...

Pe. Fábio de Melo

Frase

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